terça-feira, 9 de agosto de 2016

A linguagem oculta

Costumamos chamar nossa cachorrinha Tina de "a última dos Kunta Kinte", pelo fato de que é a mais submissa da matilha. Ela só come quando as outras duas comem, e já era assim desde quando tínhamos os outros cães também. Ela espera todas pegarem a bolacha e quando se certifica que pegaram ela pega a dela, espera a vez pra subir no sofá, pra entrar num recinto...ô vida difícil a dela...Não sei o que define isso entre eles, mas é interessante. A linguagem deles, entre sí, também é um mistério...parece que se entendem com um olhar, com um levantar ou abaixar de orelhas...e nós humanos ficamos boiando. De repente uma pula do sofá pra cima da outra com uma raiva suprema, do nada, bom pelo menos pra nós que estamos observando, mas vai saber o que não estão conversando entre sí do modo mais estranho do mundo e na liguagem oculta dos animais rsrsrs, tipo: Sai daí de perto do papai, to avisando... :)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Houve gatos também

Nos idos de 1994 eu morava no andar térreo de um prédio em Itaquera. Numa noite eu acordei sentindo um balançar da cama mas como eu morava sozinha achei bem estranho, mas estava com tanto sono que falei pra mim mesma. Ah não, se for fantasma não vou nem olhar...quero dormir...O balançar continuou, aí me vi obrigada a olhar e eis que me deparo com dois olhos brilhantes arregalados...dei um grito e ouvi outro maior ainda! Era um gato enorme que estava aconchegado ali em cima da minha cama. Ele pulou como um raio e fugiu do quarto, a essa altura, já bem desperta, fui atrás dele e vi que o  coitado bateu a cabeça no vidro fechado da sala e correu para a lavanderia, pelo mesmo lugar que provavelmente entrou, pois lá existiam uns tijolos vazados, e sumiu noite adentro. Quando lembro disso tenho dois sentimentos: a dó do gato que poderia ter ficado ali quanto tempo quisesse, afinal, mas foi embora assim tão assustado e vontade de rir pelo inusitado da situação ao pensar que cogitei ser um fantasma e nem me abalei com a idéia, devido ao sono. Doideira hein? Ninguém sabe do que é capaz só pra dormir mais um pouquinho...



Passado um bom tempo, no mesmo apartamento, ao chegar em casa do trabalho encontrei na mesma lavanderia uma mamãe gata com seus filhotes, coisa linda, surpresa maravilhosa pra mim. Dessa vez o encontro foi mais tranquilo, disse assim: Ok, fique a vontade, a casa...quero dizer, a lavanderia é sua. Eu retornava do trabalho todos os dias e ela estava lá e  cuidava direitinho das crias e volta e meia ela saía na rua e voltava sempre. Passando o tempo, os gatinhos foram crescendo e quando eu ia lavar roupa no tanque eles subiam nas minhas pernas e escalavam aé quase a minha cintura, com aquelas unhinhas afiadas, e eu os retirava com todo o cuidado e lá vinham eles subindo de novo. Num belo dia cheguei e...surpresa! eles não estavam mais lá. Foram embora, seguiram seu caminho. Fiquei feliz por ter proporcionado um ambiente seguro para a gata ter os bebês e deixá-los crescer até o momento que foram viver a vida deles. Foi bonito isso. Foi algo que nunca esqueci.

A alegria continua a reinar

Luel e Tina Turner

Como não ter alegria tendo crianças ou cães em casa? Ou os dois, bem no nosso caso temos cães, agora 3 e atualizo quem nos acompanha a saber como estão as 3 mosqueteiras Nina, Luel e Tina. Estão a cada dia mais arteiras e gordas. É... ração light não dá jeito...são antes de tudo umas esfomeadas. A fila do ossinho, continua do mesmo jeito, mas agora não dou mais ossinhos, dou banana e biscoito cream cracker. Outra mudança pela qual passamos foi a de endereço, tivemos um imprevisto e precisamos sair da casa que vivíamos há uns 12 anos e ir para outro bairro. Deixando pra lá os transtornos que isso causou, houve um período de adaptação para nossas cachorrinhas que não foi fácil, pois a casa é menor e o quintal também. Mas devagarinho, fomos dando um jeito e arrumamos um quintal com terra e uma varanda aonde elas podem ficar um pouco, revezando isso com o lado interno da casa, aliás dormem dentro de casa e acham que os sofás são delas. A Nina completou 9 anos em Junho/16 e as irmãs Luel e Tina farão 7 anos em dezembro. Agora elas que reinam por aqui e a lider é a Nina. Novos tempos...
 
 

 Nina e sua pose de sempre
 

 Meu filho e Nina (lembram? É a que o seguia pelas ruas antigamente. Foto tirada em 30/07/16 em uma visita dele à nossa casa). Amei essa foto.

 Luel e Nina

Tristeza - A dor das perdas


Estou eu aqui em 2016. Foram tantas aventuras com esses cãezinhos aqui apresentados. Ao ler as postagens antigas me encho de saudades, pois 3 deles já se foram...A Pupi, o Vini e a Pandora. E foram em sequências próximas um do outro. A Pupi e o Vini beirando os 17 anos e a Pandora com exatos 12 anos. A Pupi teve um tumor no focinho, o Vini na garganta, e após muito tratamento, cuidados e carinho tiveram que ser sacrificados e como havíamos prometido fomos com eles até o fim. O Roberto ficou ao lado da Pupi e nós dois juntos ao lado do Vini, durante as eutanásias, que foram amplamente discutidas e recomendadas pela nossa veterinária, devido ao sofrimento que os dois já estavam passando no estado terminal da doença. Dizer como foi esse processo seria uma tortura pra mim e para quem lê. Foi difícil, doído e nos fez entender que existem momentos que nem dá pra explicar, nem dá para dimensionar a dor. É como perdermos um amigo, um parente querido e pior, ter que assistir a sua dor antes dessa perda. A pandora apenas uns meses após o Vini ter partido, teve um infarto e morreu no quintal de casa em uma noite que foi muito triste para nós. Ela já apresentava doença no coração e tomava medicação, ela desceu para o quintal, ouvi um barulho e corri lá pra ver, já pressentindo algo e a vi deitada já sem vida ao lado do portão. Escrevo rápido sobre esses tristes momentos, pois foram duros e não gosto de lembrar. Mas assim se fechou o ciclo de vida desses três seres que vieram pra nos dar alegrias e colorir nossas vidas e esperamos, sinceramente, que possamos também ter retribuído com o melhor que podíamos oferecer em forma de carinhos, cuidados e amizade. Coloco aqui as últimas fotos desse trio, que tinha uma ligação e uma conexão muito grande entre sí, por terem convivido juntos e por terem sido a primeira geração de cães a viverem juntos em nossa casa.

    
 
 
 
 
 
 
 
Pupi e Roberto
 Eu com o Vini e Pandora, no Vet (O Vini já estava bem doentinho aqui)
       Pandora: Indo para o Vet (foto tirada um dia antes de sua partida).
                                                       Pandora com o papai
Aqui o Vini em um dia em que se divertiu muito. Foi seu último passeio. O levamos em um pesqueiro conosco. Ele se divertiu muito, correu, brincou. Foi maravilhoso...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

SOS! o Vini engoliu uma tampa de plástico!

Dia desses, após o jantar, notamos o sumiço da tampa do azeite. Não demos muita importância. Na madrugada após o Roberto sair, por volta de tres da manhã, o Vini (o poodle de 13 anos) que sempre pula pra minha cama de madrugada, começou a tossir e engasgar. Qual não foi minha surpresa quando ele colocou pra fora metade da tampa do azeite! Levei um susto pois ele ficou quase sem ar. Na tarde do dia seguinte o Roberto já estava em casa e disse que ele colocou mais uns tres pedaços para fora. Realmente os cães não tem noção de perigo. Há casos em que os cães ou gatos morrem por engolir objetos que podem ficar parados no esôfago ou mesmo no intestino, causando uma obstrução fatal. A Nina onte também fez uma arte parecida. Estava limpando minha bolsa e ao virá-la de cabeça para baixo caiu um saquinho de pedrinhas anti-mofo e ela pegou do chão e tentei tirar da sua boca  mas ela simplesmente engoliu o saquinho. Até agora ela está bem, mas como disse eles são terríveis, é ima de geladeira, tampas de plástico, papel, papelão, algodão, meias, água com desinfetante ou sabão, carvão...e é tudo tão rápido que em um segundo põem pra dentro. Além de procurar tomar cuidado para evitar esses acidentes, depois de feita a travessura só torcer para que a natureza faça o seu trabalho sem precisar recorrer ao veterinário ou ter um desfecho mais grave.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um caso interessante

Pensei que fosse postar apenas histórias dos meus cães, mas hoje estava conversando com uma amiga antiga do Roberto que agora é minha amiga também e que não víamos há muito tempo e ela nos contou algo bem interessante. A mãe dela faleceu há uns cinco anos, ela era uma senhora que cuidava de muitos cachorros, tinhas vários em casa, ficou doente e teve um complicação, vindo a falecer. Essa minha amiga havia tomado calmantes e não foi ao velório durante a madrugada e apenas um primo estava lá, ninguém mais foi ao velório,  esse rapaz   ficou surpreso quando de repente entrou na sala um cão e deitou embaixo do caixão,  depois entrou outro, e outro, e outro...entraram oito cães na sala e rodearam o caixão, ficaram ali velando o corpo. Ao amanhcer quando os familiares começaram a chegar, os cães se afastaram e ficaram à disâtncia observando, um ao lado do outro, quando saiu o caixão para o enterro eles seguiram ao lado e subiram num lugar mais alto e ficaram lá de cima olhando, quando o enterro terminou os cães sairam um a um por saídas diferentes do cemitério. Foi perguntado ao zelador se os cães eram de lá e ele disse que não, que nunca tinha visto tantos cães juntos. A minha amiga disse que todos ficaram impressionados, muitos que estavam lá criticavam a mãe dela pelo amor que ela tinha aos animais mas no final quem esteve ao lado dela em seu velório foram os cães. Detalhe: Eles não eram dela e estavam lá como se estivessem representando os animais que ela tanto havia amado. É um caso real com diversas testemunhas. Não é bonito isso? Pode ter sido apenas uma coincidência, e pode ter havido algum exagero, mas ao mesmo tempo  traz um simbolismo muito bonito do verdadeiro amor e lealdade.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Na fila do ossinho

Aqui em casa os cães são todos gulosos e às vezes fazem cada uma!!
De manhã antes de sair para o trabalho eu costumo dar um ossinho para cada um dos cães, bem um não é bem a conta certa. A Tina criou uma estratégia interessante, quando eu coloco um ossinho na boca dela, ela espera eu virar as costas e joga o osso disfarçadamente no chão e depois vem de novo pegar outro, pensando no mínimo que eu não vi o golpe. Eu finjo que não percebo e dou outro e aí, ela disfarça e faz a mesma coisa. Com isso ela não reserva ossos extras só para ela, a Luel e a Nina (a gang) também se aproveita disso. Muito cara de pau. Mas às vezes ela se dá mal, pois quando estou com pressa e não dou outro ossinho e a Luel ou a Nina pegam aqueles que ela jogou no chão,  ela fica sem, esperando na fila do ossinho. Na pressa saio correndo e ela percebe que nem sempre o  plano dá certo!!
Tina (pretinha) e Luel (marrom)